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BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA (NOVEMBRO E DEZEMBRO/2020)



Trimestre (out, nov e dez) apresenta déficit na balança comercial


A partir de dados coletados no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), no trimestre referente aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2020, Alagoas apresentou um déficit de US$ -13.824.836, em suas relações com o mercado internacional.

Este saldo negativo da balança comercial de Alagoas, em comparação ao mesmo período do ano passado (2019) sofreu uma redução de 0,81%, que foi possível pelo aumento das exportações em 0,54%, sobretudo na exportação de açúcar. Entretanto, este aumento não foi suficiente para cobrir os dispêndios com as importações que tiveram um crescimento, aproximadamente, de 0,02%, em comparação com o mesmo período do ano anterior (2019).




Último trimestre de 2020, registra altas nos custos de matéria prima e mão de obra se mantem com um aumento não significativo na construção civil em Alagoas


O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índice da Construção Civil (Sinapi), mensurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou uma alta de 9,6% nos custos de construção civil no 4° trimestre de 2020 em comparação ao seu trimestre anterior. Todavia temos um aumento de 15,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. (2019). Comparando-se o Estado nordestino, diretamente com a federação brasileira, nota-se um aumento de 8,9%, próximo ao que se obteve no estado.

De acordo com os dados obtidos, a mão de obra num comparativo do último trimestre com o trimestre subsequente, não se obteve queda ou aumento, estagnou-se. Já em comparação do 4° trimestre de 2020 com o ano anterior, aconteceu um aumento de 2,4%.

No geral, as informações acima contribuíram diretamente para os aumentos dos custos, onde esse aumento foi de 5%, num comparativo do último trimestre de 2020 com o trimestre anterior do mesmo ano em Alagoas, e um aumento 8,3% comparado ao mesmo período do ano anterior (2019).




Dezembro de 2020. Um mês de quedas.


Após alguns meses sem atualização de dados, o levantamento sistemático de produção agrícola (LSPA) expôs no mês de dezembro um mês de muitas quedas, quando comparado com agosto, o último mês de dados atualizados, agosto. com exceção do algodão herbáceo, que teve um explosivo aumento de 631,2%, que possivelmente pode ser explicado pela falta de atualização de dados que ocorreu desde agosto de 2020.

Além desse destaque, temos a segunda safra de feijão e a safra de cana-de-açúcar com uma grande queda, sendo -18% e -13,2% respectivamente, quando comparamos com agosto de 2020, (último mês que houve uma atualização de dados).

Ao fazermos uma comparação anual, o cenário é mais otimista, com exceção da produção da soja, que apresentou uma redução extremamente significativa de 70,5%, sendo a maior das quedas. Por outro lado, temos a colheita de algodão com um enorme salto positivo de 1812,3% em relação a dezembro de 2019.




Comércio alagoano não se recupera em último trimestre de 2020


De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Alagoas apresentou um recuo de 1,6% em volume de vendas no comércio varejista no último trimestre de 2020, uma queda expressiva quando comparado ao aumento de 18,9% do período anterior.

A variação acumulada do ano fechou 2020 sem conseguir se recuperar das quedas no início da pandemia, com recuo total de 2,2% no estado. Alagoas acompanhou a variação brasileira, que teve decréscimo de 5,4% nos últimos três meses. Os resultados da diminuição e encerramento na distribuição do auxílio emergencial, que impulsionou o comércio anteriormente, apareceram de maneira mais expressiva, onde mesmo no período festivo não houve crescimentos com vendas de final de ano.




No bimestre de outubro e novembro, o emprego em Alagoas seguiu com variação positiva

Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), no bimestre que contém o décimo e o décimo primeiro mês do ano, o saldo de novos postos de trabalho foi positivo, porém teve uma pequena queda em novembro com relação ao mês anterior. Em outubro, foram registradas 11.125 admissões e 6.404 desligamentos, dessa forma, o resultado final foi de 4.721. No mês seguinte, o saldo foi de 3.590 com 9.658 admissões e 6.068 desligamentos.

Os grandes responsáveis pelo saldo do mês de outubro foram os seguintes setores: Indústria Geral (1.475), Serviços (1.247) e Comércio (1.246), além desses, os outros setores também apresentaram saldo positivo, como: Construção Civil (402) e Agropecuária (351). Já em novembro, a situação muda, pois comércio assume a liderança com um saldo de 1.751, seguido pelo setor de Serviços (1.307), Indústria (526) e Construção (137), porém Agricultura encerrou com -131 postos de trabalho.

No decimo mês do ano, a maior parte dos novos empregados no estado eram cerca de 3.804 homens, em quanto as mulheres representam 917 admissões. Vale ressaltar que a grande maioria dos contratados era em torno de 2.030, sendo esses na faixa etária de 18 a 24 anos. Já em novembro, foram 1.861 homens e 1.729 mulheres admitidos, sendo majoritariamente entre 18 e 24 anos (1.666). Em ambos os meses, a maior parte contratada apresentava grau de instrução de ensino médio completo.




Os dados destacam nos meses setembro e outubro uma introdutória recuperação para o setor de serviços


A divulgação dos dados atualizados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), vinculada ao Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) apresenta nesses meses índices ainda preocupantes para o setor de serviços. Porém é possível destacar uma alteração favorável na variação que compara com mês que o antecede.

Com base no levantamento da receita nominal de serviços em Alagoas, o mês de setembro e outubro quando comparado ao mês que os precedem apontam índices com uma elevação positiva de 4,1% e 4,0%. Entretanto as outras variações na receita nominal ainda destacam retrações em seus índices, quando se compara o mesmo mês no ano anterior é de 16,5% e 13,7%. Já no que se refere a variante acumulada no ano os períodos apresentam resultados negativos de 18,4% e 17,9%. Seguindo essas contrações a variante acumulada de 12 meses também teve recuo de 14,7% e 15,4%.

A variação de volume tem um cenário semelhante com a receita nominal. Analisando a comparação com mês anterior os resultados para os meses também sofreram um aumento favorável de 7,4% e 4,7%, mas as outras variáveis estão com índices negativos. Em comparação com setembro e outubro do ano anterior, o resultado é de 17,4% e 13,9%, no entanto as retrações mais críticas estão nas variações acumulada no ano de -19,4%, -18,9% e acumulada de 12 meses com decrescimento de 15,8%, 16,5%.

Contudo, o setor de serviços em Alagoas vem apresentando um cenário de restauração desde setembro com a flexibilização das medidas protetivas contra o Covid-19. Todavia é notável que o setor ainda apresenta dados preocupantes.




Diferente do ano anterior, o 5º bimestre de 2020 encerra em superávit


Conforme dados fornecidos pela Secretária de Estado da Fazenda de Alagoas (SEFAZ/AL), no Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), o Estado de Alagoas apresentou uma situação superavitária no 5º bimestre de 2020, de R$ 296.961.845,90. Constata-se aumentos de R$ 88.617.782,80 na receita (4,9%) e R$ 21.521.020,59 (1,4%) na despesa comparados ao bimestre anterior. Eles se relacionam com uma maior arrecadação de Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria, Contribuições e com as Receitas de Capital, assim como, o crescimento nas despesas nos setores de Assistência Social, Previdência Social e Educação.

O resultado positivo contrasta com o déficit que se obteve no mesmo período do ano anterior, de R$ -129.739.406,75. Ao comparar o mesmo bimestre entre os anos de 2019 e 2020 vê-se uma disparada de 38,6% na receita, com intensificação da arrecadação de Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria; na Receita de Serviços; elevação substancial nas Contribuições (170,3%) e nas Transferências Correntes (49,74%) e de 6,8% nas despesas, no setor de Urbanismo (826,8%), e crescimento não tão significante nos setores de Previdência Social, Segurança Pública, Administração e Saúde. O curioso é que também houve uma grande queda na Receita de Capital (-97,6%), devido à contração na Alienação de Bens e nas Amortizações de Empréstimos, o que não parece ter afetado muito o crescimento da receita do 5º bimestre de 2020.





Último trimestre de 2020 deixa saldo negativo no acumulado anual da produção de petróleo


De acordo com os dados publicados pela Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP), referentes ao quarto e último trimestre de 2020, a produção de GNP, mesmo apresentando redução de 5,6% em comparação aos três meses anteriores, teve variação positiva de 4,8% em referência do mesmo período de 2019. Este resultado amortizou a variação acumulada anual, a qual registrava decrescimento de 3,2% e acabou por reduzi-lo a 1,6%.

Já a produtividade do petróleo, representada pelos seus 218129 barris, ficou praticamente estagnada devido aos de 18 barris de diferença em relação ao trimestre anterior, o que significa menos de 0,01%. Porém, se comparado aos últimos três meses do ano antecessor, a realidade é outra. A queda registrada foi de 25%, derrubando a variação anual para -4,6%, a qual chegou a marcar crescimento de 12,7% no meio do ano.





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Boletim de conjuntura - Novembro e dezem
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