BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA (JULHO/2020)
- PET Economia UFAL
- 26 de ago. de 2020
- 5 min de leitura




Em julho, exportações apresentam menor valor no ano
De acordo com dados disponibilizados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Alagoas fechou o mês de julho com um déficit de US$45.146.682,00. As exportações caíram 79% na comparação com o mês anterior, e 88,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por outro lado, as importações apresentaram crescimento de 17,1% comparado ao mês de junho e um decréscimo de 28,7% em relação a 2019. Entre os bens mais importados destacam-se, o dicloreto de etileno, o diidrogeno-ortofosfato de amônio, alhos e ureia. No acumulado no ano, Alagoas apresenta déficit comercial de US$150.020.153,00.


Segundo semestre se inicia com aumento nos custos da construção civil em Alagoas
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índice da Construção Civil (Sinapi), mensurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou um acréscimo de 0,6% nos custos de construção civil neste mês de julho, totalizando R$ 1.065,70. Esse aumento, no entanto, é bem menor do que o observado no mesmo período do ano anterior.
Em relação aos componentes do custo, em âmbito nacional, notou-se um crescimento no preço de 0,5%, tanto em material quanto em mão de obra, finalizando a apuração em, respectivamente, R$ 619,60 e R$ 561,80. Em Alagoas, houve aumento de 1,1% nos materiais, totalizando R$ 591,80, mas o custo da mão de obra permaneceu inalterado.
Quando comparado com a região Nordeste e com o Brasil, Alagoas teve aumento levemente maior do que a média de ambos, que foi de 0,5%. A inflação acumulada durante o ano no setor de construção civil no estado é de 2%.


Comércio varejista finaliza primeiro semestre do ano com resultados ambíguos
Segundo dados coletados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), executada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Alagoas em junho deste ano, teve um crescimento de 6,6% no volume de vendas do comércio varejista em comparação ao mês anterior. Embora os dados do bimestre maio-junho de 2020 serem positivos para um cenário pós pandemia, o setor apresenta fechamento do semestre com uma queda de 10,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Situação similar ao que ocorreu nacionalmente, que, no sexto mês do ano, apesar de mostrar avanço de 8% em referência ao mês precedente, as vendas do varejo no Brasil, apresentaram um decréscimo de 3,1%, frente ao fim do primeiro semestre de 2019.
Já as receitas nominais do setor tiveram aumento de 8,5% no estado e de 6,8% nacionalmente. Na comparação mensal, no entanto, tendo em consideração junho de 2019, Alagoas têm retração de 6,6%, enquanto as receitas nominais do país mostram-se positivas. É importante ressaltar que junho foi o primeiro mês de retomada do comércio após o decreto de isolamento do Governo do Estado, o qual proibia a abertura de serviços considerados não essenciais, em razão da pandemia de Covid-19.


Em junho, Alagoas obteve um saldo positivo no número de novos postos de trabalho
Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), no sexto mês do ano, Alagoas registrou, mesmo em um cenário de pandemia, um saldo positivo na criação de novos postos de trabalho, com 5.560 admissões e 4.697 desligamentos. Portando, fecha o mês de junho com 863 novos empregos. Porém, quando observado o acumulado no ano, o saldo segue negativo, com menos 28.766 postos de trabalho.
O resultado positivo no mês foi causado por um número maior de contratações nos setores de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (637) e na indústria geral (651), sendo a indústria de transformação a que teve o maior saldo. Porém, o setor de serviços segue em queda no número de cargos, tendo uma baixa de 263 postos com destaque para o subsetor de alojamento e alimentação.


As contas públicas encerram-se com saldo positivo no terceiro bimestre
De acordo com o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), publicado pela Secretária da Fazenda (Sefaz/AL), o estado de Alagoas fechou o terceiro bimestre do ano de forma animadora, pois, apresentou um resultado de aproximadamente R$ 636.127.256,47 em suas contas. Durante esse período, Alagoas obteve um aumento percentual de suas receitas de 28,6% em relação ao período anterior, o que explica o desfecho alcançado nos últimos dois meses.
Apesar de estar passando por um período pandêmico, em que os gastos com saúde aumentaram drasticamente por todo país, Alagoas está conseguindo ter um ótimo controle das suas contas, tendo em vista que o primeiro semestre do ano foi consistentemente marcado por rendimentos positivos.


Setor de serviços em Alagoas ainda apresenta índices negativos no mês de maio
Segundos os dados obtidos pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), mensurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação da receita nominal e a variação de volume ainda denotam índice negativo no mês de maio.
Em comparação ao mês anterior, a variação da receita nominal teve um índice de -1,8, um valor menos crítico para o estado. Observando a variação com referência ao mesmo mês no ano de 2019, o índice é ainda muito preocupante, com uma retração de 32,4. O resultado dessa contração também se apresenta na variação acumulada de 12 meses, assim como na variação acumulada no ano, com índices de -14,7 e -8,9.
A variação de volume acompanha o mesmo resultado, quando relacionada ao mês anterior, o índice de -3,0 foi preocupante, porém menos crítico que o mês passado. Os cenários das outras variações continuam críticos. Ao analisar a variação do mesmo mês no ano anterior, o resultado é de -34,8, essa retração continua nas outras variações, com índices 15,0 na variação acumulada de 12 meses e 9,8 na variação acumulada no ano.
Os resultados do mês de maio são reflexos da pandemia e das medidas utilizadas, mas é possível observar que relacionado a mês anterior, o mês de maio apresentou dados menos alarmantes para o setor de serviços.


Em junho, a produção de barris de petróleo cai, com terceiro aumento consecutivo na produção de gás natural
Segundo dados fornecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no mês de junho, Alagoas produziu o equivalente a 82.240 barris de petróleo e 28.788 metros cúbicos de gás natural. Em relação ao produzido no mês de abril, junho apresentou queda de 3,5% no setor petrolífero e aumento de 6,4% no setor de gás natural. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, observamos uma produção elevada em ambos os setores, mesmo com os efeitos da pandemia da Covid-19: 15,26% mais barris e 17,22% mais metros cúbicos de gás natural.
A Agência informa também que permanecem temporariamente interrompidas as atividades de 34 campos produtivos ao longo de todo o Brasil, decorrente dos efeitos da pandemia.


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