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BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA (SETEMBRO/2020)



Balança comercial mantém-se em déficit no mês de setembro


De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), em setembro, Alagoas apresentou um resultado negativo em sua balança comercial de US$44.432.915,00. As exportações caíram 64,6% em relação ao mês de setembro do ano passado, enquanto as importações decaíram 37,2% no mesmo período.

Na comparação com o mês de agosto, as exportações sofreram queda de 25,1%, por outro lado, as importações subiram 8,5%. Entre os principais bens importados, destacam-se alhos, peixes, batatas, dicloreto de etileno e partes para aparelhos de telefonia/telegrafia. No acumulado no ano, Alagoas apresenta déficit comercial de US$233.576.349,00.




Setembro registra alta nos custos de material de construção civil em Alagoas


O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índice da Construção Civil (Sinapi), mensurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou que, em setembro, ocorreu um aumento de 1,3% nos custos por metro quadrado no estado de Alagoas quando comparado com o mês anterior; e de 4,9% quando comparado com o mesmo período do ano anterior, finalizando em R$ 1.090,51. Ao relacionar também com os dados da região Nordeste e do Brasil, Alagoas teve aumento equivalente à média em ambos os casos.

Essa elevação pode parecer pouca, mas em Alagoas pode ser justificada pelo crescimento de 2,3% nos custos de material por metro quadrado, fechando em R$ 616,66. A inflação acumulada no setor de construção civil no estado é de 4,4%, a maior registrada durante o ano. As consequências da elevação de preços de materiais do setor estão sendo sentidas na prática, principalmente por ser um período de recuperação pós pandemia. Já os custos de mão de obra não se alteraram nos últimos meses.




No mês de agosto, comércio alagoano obteve o sétimo maior crescimento em vendas do país


O estado de Alagoas apresentou no mês de agosto um aumento de 8,4% no índice de volume de vendas no comércio varejista, em relação a julho, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa alta porcentagem representa valores 3% mais altos que a média nacional (5,4%), registrando o sétimo maior crescimento no Brasil. Na região nordeste, o estado ficou com o terceiro maior acréscimo quando comparado à Bahia e Piauí, que tiveram, respectivamente, aumento de 8,5 e 10,6 por cento.

Quando comparados os dados de crescimento em relação ao mês de agosto de 2019, se observa um aumento de 8,6%, alta esta, ainda resultante da reabertura comercial em junho. Quando confrontado ao mesmo período do ano anterior, Alagoas permanece com uma taxa negativa de 7,2%, montante este, que continua refletindo os impactos dos 75 dias de fechamento total e parcial do comércio em Maceió, capital do estado.




Em agosto, o emprego seguiu apresentando saldo positivo


Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), no oitavo mês do ano, Alagoas apresentou um grande saldo de novos postos de trabalho, o estado obteve 9.415 admissões, porém contou com 5.710 desligamentos, logo o saldo na região foi de 3.705 novos empregos, o maior número nos últimos meses analisados.

Esse saldo, que foi o maior nos últimos meses, se deve a grande alta no setor da indústria de transformação, que apresentou resultado de 2.394 novos postos de trabalho. Já o setor da agricultura que vinha forte no mês anterior, deu uma desacelerada nas contratações e apresentou saldo de 136 empregos. Os setores no geral apresentaram saldo positivo no mês, sendo eles: agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (136); Indústria geral (2.434); construção (684); comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (333); serviços (118).

Portanto, o mês de agosto continuou seguindo sua dinâmica tradicional de alta, derivada do processo de transformação dos insumos da agricultura. Porém, mesmo com esse grande número de contratações, o acumulado do ano segue negativo com menos 23.936 postos de trabalho.




Desaceleração da pandemia promove índices positivos para o setor serviços

Conforme os índices levantados pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) vinculada ao IBGE, as variações no mês de julho como no mês que o precede, apresentam resultados positivos, para o setor de serviços no estado de Alagoas.

Observando a variação da receita nominal se verifica um crescimento de 9% em relação a junho. Ainda existe retração quando se compara o mesmo mês no ano anterior, um índice 23,5%, porém menos preocupante que o mês de junho. A variação acumulada no ano e acumulada de 12 meses são as que ainda constam índices críticos de -18,3% e -13,1%. Vale destacar que essas mudanças são ainda muitos afetadas pela pandemia.

A alteração de volume acompanha a receita nominal nos quesitos de mudança dos índices. Analisando a variação na comparação mensal o índice foi 8,4%. Em relação ao mesmo mês no ano de 2019, o resultado foi de -26,3%. Assim como na receita nominal, tanto a variação acumulada no ano quanto a acumulada de 12 meses apresentam altos índices negativos, respectivamente 19,1% e 14,1%.

O mês de julho comprova que desde do mês de junho algumas variações tem sido favorecidas pela desaceleração da pandemia. Porém, é evidente que o setor de serviços ainda sente os reflexos do isolamento social.




As despesas com saúde aumentam em 22,9% no quarto bimestre de 2020


Segundo dados publicados pela Secretária da Fazenda (Sefaz/AL) por meio de seu Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), o quarto bimestre de 2020 obteve um superávit de R$ 229.865.083,69. Apesar do resultado positivo, as receitas apresentaram uma redução de 9,1% em comparação ao período anterior, assim como as despesas aumentaram abruptamente em 17,3%. Este aumento está diretamente vinculado a uma elevação dos gastos com saúde, totalizando 22,9% em relação ao terceiro bimestre, o que é esperado em um período de crise da saúde devido a pandemia do covid-19.

Ao longo de todos quatro bimestres de 2020, o estado conseguiu manter um resultado orçamentário positivo inclusive diante de situações graves e inesperadas, demonstrando contraste à administração realizada no ano de 2019, em que por três vezes as contas fecharam em déficit, de tal forma que ao se comparar o período desse ano ao mesmo momento do ano anterior, verificou-se que houve um aumento de 28,3% nas receitas e as despesas reduziram-se em 6,4%.




No mês de agosto, a produção de petróleo apresenta leve recuperação


Segundo dados fornecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no mês de agosto, Alagoas produziu o equivalente a 79.097 barris de petróleo e 28.046 metros cúbicos de gás natural. Em relação ao produzido no mês de julho, agosto apresentou aumento de 1,5% no setor petrolífero, onde percebemos uma recuperação após dois meses de declínio, e queda de 6,4% no setor de gás natural.

No que diz respeito a produção de petróleo, apesar de ensaiar uma recuperação, na comparação com o mesmo período do ano anterior nota-se uma queda de 11,1%. Já sobre a produção de gás que, apesar da queda, se mantém relativamente constante nos últimos três meses, e comparado ao mesmo período no ano passado apresenta uma produção de consideráveis 20,7% a mais.






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Boletim de conjuntura - Setembro 2020
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